Publicado em: 31/01/2019 15:03:03
O Departamento de Ciências da Educação compartilha mensagem à Professora Berenice Johnson
Um adeus
Sr. Gonzaguinha me dê licença para, a partir de trechos de sua bela canção “O que é o que é?” dizer adeus a alguem com quem partilhamos bons anos na labuta pela educação.
[...]
E a vida
E a vida o que é?
Diga lá, meu irmão
Ela é a batida de um coração
Ela é uma doce ilusão, ê ô!
Mas e a vida
Ela é maravilha ou é sofrimento?
Ela é alegria ou lamento?
O que é? O que é? Meu irmão
Há quem fale
Que a vida da gente
É um nada no mundo
É uma gota, é um tempo
Que nem dá um segundo
Há quem fale
Que é um divino
Mistério profundo
É o sopro do criador
Numa atitude repleta de amor...
Como dizer adeus à companheira de jornada na causa da educação, a mulher serena, polida, ponderada nas suas palavras e ações, sempre atenciosa para com o outro, de bela voz...?
De quem estou falando em nome dos colegas do Departamento de Ciências da Educação? De Berenice Elisa Jonhson Silva, da Professora Berenice. Da colega Bereca, Berequinha.
Na década de 70, fui sua aluna no Curso de Pedagogia do Núcleo de Educação da Universidade Federal do Pará. Naquela época, ela era em Porto Velho, das poucas pessoas que possuíam formação em nível de Mestrado. Minha professora de História da Educação.
Nos anos de 1983, voltamos a nos encontrar. Agora, na Fundação Universidade Federal de Rondônia - UNIR, na condição de colegas professoras, lotadas no Departamento de educação. Ai, também exerceu a chefia para além da competência técnica com amabilidade e respeito aos seus pares. Nesse departamento trabalhou até a sua expulsoria (rs, rs), como se diz para quem permanece trabalhando e só se aposenta por força da lei.
Há esta hora, já se encontrou com o seu querido Valmir, não dá para falar de Berenice sem lembrar de seu amado e devotado esposo, quase fazia parte da UNIR. Com toda a sua paciência, a levava para o campus e a esperava sem pressa, pelo tempo que fosse necessário, sempre com um sorriso.
Sem dúvida, se a vida é esse mistério profundo, é o sopro do criador numa atitude repleta de amor, é esse mesmo sopro que leva do nosso convívio aquela que por aqui já completou sua tarefa. No seu caso, a de ser mãe, esposa, colega, trabalhadora membro da igreja. E, pelo tempo que convivemos penso que posso afirmar: cumpriu bem todas essas tarefas.
Com todo o respeito que merece professora Berenice, os colegas do Departamento de Ciências da Educação/UNIR lhe dizem:
Adeus cara colega, até um dia.
Professora Dra Ana Maria de Lima e Souza
Porto Velho, 30 de janeiro de 2019
Fonte: Departamento de Ciências da Educação